segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Atividades de Educação Ambiental na feira orgânica do Cordão do Peixe-Boi

No último dia 25, domingo, o Instituto Arraial do Pavulagem realizou, na praça dos Estivadores, a Feira de Produtos Orgânicos montada para esperar o público que participou do Cordão do Peixe-Boi. O Grupo de Estudos em Educação Cultura e Meio Ambiente (GEAM) participou da Feira, onde realizou atividades voltadas à Educação Ambiental (EA).
A equipe do GEAM realizou oficinas relacionadas ao tema “Educação ambiental e conservação das águas”, onde aconteceu um teatro de fantoches, com o intuito de sensibilizar os alunos sobre a importância da água para as suas vidas e a do planeta. Já a pescaria ecológica buscou estimular a curiosidade das crianças, fazendo-as buscarem o conhecimento sobre os males que o descuido com a natureza pode causar as águas, através de uma pescaria lúdica.
A equipe realizou ainda a oficina para criação de barcos ecológicos que buscou mostrar para as crianças participantes a importância da água para a vida dos alunos a partir da confecção de um barco (ecológico). O Grupo distribuiu brindes que fizeram alusão ao dia mundial da água.
O Grupo levou para o evento 20 alunos da escola Wandick Gutierrez, localizada em Vila do Conde, em Barcarena e 40 crianças de Vila do Prata, localizada em Igarapé-Açu. Toda a equipe do GEAM participou da Feira Orgânica, além da assessoria técnica do Grupo.
Cultura e Natureza – No dia 22 de março, quinta-feira, dia mundial da água, o Instituto Arraial do Pavulagem realizou o Seminário Cultura e Natureza. Representando o GEAM estava a professora Marilena Loureiro, coordenadora do Grupo e que ministrou a palestra “Diálogos entre Cultura e Natureza: o lugar da Educação Ambiental”, onde afirmou “falar de cultura e natureza nos impõe falar da ausência de percepções de que somos todos natureza. Estamos vivendo um momento de crise e precisamos realizar uma reaproximação entre cultura e natureza”.
Durante sua apresentação Marilena Loureiro afirmou que uma das missões da Educação Ambiental (EA) é fazer essa reaproximação, onde busca-se construir uma outra mentalidade, não mais pautada na ciência que não gera respostas aos problemas socioambientais. Outra questão levantada por Marilena Loureiro é a atrofia da capacidade que o indivíduo tem em entender o outro enquanto ser social, “não conseguimos mais olhar para o outro como sujeito, estamos acostumados a ver apenas o seu papel social, o que ele representa. Essa realidade coisifica e desumaniza a vida. Uma conseqüência desse tipo de contexto é a banalização do mal”.
Para Marilena, o lugar da EA é o da aproximação entre ciência e vida, nesse sentido “toda Educação Ambiental é necessariamente ambiental”, afirmou.
O Cordão - Criado em 2003, Cordão do Peixe-Boi sofreu modificações no ano passado. Saiu do período carnavalesco para evitar comparações com a festa e tentar reverter distorções acumuladas com o tempo, como o consumo de bebida alcoólica. Os horários foram repensados. Começar mais cedo. Terminar mais cedo, numa forma de inserir crianças e os idosos também no evento. Este ano, o trajeto ganhou novos caminhos – o cortejo de rua e os brincantes percorram parte do ver-o-peso e do comércio.
Texto: Lucila Vilar.

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